quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

FORA NOROESTE! ABAIXO A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA!

      Surtadinho tá na área, virou colunista do blog hehehe, mas enquanto ele não dá as caras vai aí um vídeo sobre o movimento contra o mais novo bairro de alta renda de Brasília. Falando em putaria, hoje vai ter movimento na câmara, já que além das ameaças de cada deputado da base arrudense ter recebido 420mil por voto no Plano Diretor de Ordenamento Territorial, agora surge a denúncia de que cada um recebe 4 milhões para impedir o impeachment do governador e Paulo Octávio, o dono da cidade.
O PDOT preve o Noroeste, que destrói uma das últimas grandes áreas de cerrado do DF, ameaça expulsar sua única comunidade indígena, além de ser um projeto que apresenta inúmeros problemas urbanísticos e causará problemas de assoreamento das águas da área.


"Um grupo formado por estudantes, ambientalistas e militantes de movimentos sociais realizou na segunda (18) um protesto contra a construção do novo bairro de alto luxo de Brasília, o Setor Noroeste [Faroeste]. A concentração dos manifestantes começou às 11h em frente à central de vendas do Setor Noroeste, na 208 norte. Por volta de meio dia havia cerca de 50 pessoas na manifestação. Um grupo de ativistas trouxe algumas sacolas de refugo de uma feira próxima. Às 12h 30 os vegetais podres e os ovos começaram a voar contra as paredes do luxuoso stand de vendas. Faixas que anunciavam apartamentos no novo bairro foram recolhidas pela cidade e queimadas em frente ao stand.

Um pouco antes das 13h, o grupo se dirigiu em carreata ao canteiro de obras do Setor Noroeste. Lá, os manifestantes se dividiram em grupos e pararam várias das máquinas que faziam o trabalho de devastar a área de cerrado virgem da Reserva do Bananal. Dentro da área da reserva, existem 58 hectares que são considerados legalmente como zonas intangíveis, ou seja, que não poderiam sofrer qualquer tipo de alteração. Quatro desses 58 hectares já foram devastados, apesar da decisão da Justiça Federal, no dia 24/11 de 2009 de que todas as intervenções da Terracap na área da Reserva fossem suspensas. A empresa Basevi, que executou a destruição, foi multada em apenas 250 mil reais.

A destruição do cerrado na área do Setor Noroeste trará graves problemas para o abastecimento de água em Brasília. A impermeabilização do solo, por conta das construções, prejudicará a função da área de recarga de um aqüífero que existe ali sob o solo. Além disso, o bairro acabará por sobrecarregar as estações de tratamento de esgoto, (ETEs) que atualmente desembocam no Lago Paranoá, sustenta a bióloga e ambientalista Denise Paiva, presente no protesto. Ambientalistas apontam ainda que a remoção da cobertura vegetal contribuirá para o aumento do processo de assoreamento da Bacia Hidrográfica do rio Paranoá.

Além dos impactos ambientais e urbanísticos (como a piora do trânsito em toda a Asa Norte), a construção do Noroeste pressiona as etnias indígenas que ali vivem em torno no Santuário dos Pajés, local considerado sagrado por eles. O cacique Korubo, considerado uma liderança espiritual do Santuário, passou nove meses desaparecido, fugindo das ameaças de morte feitas por pistoleiros, que segundo ele, eram contratados pela Terracap. Korubo voltou ao santuário apenas no dia 4 de janeiro de 2010. A casa do índio Towê, próxima ao Santuário, foi alvo de um incêndio (apontado por laudo da PF como criminoso) no dia 30 de março de 2009."

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Revele o OM

       Nesse momento a CPI da pizza está acontecendo lá na casa do espanto, galera tá lá crowdiando lá jogando bosta na entrada. Infelizmente to aqui no trampo... mas mais tarde tem mais. Aliás, carnaval vai ser irado vai rolar o bloco FORA ARRUDA E TODA MÁFIA, vou estar na ala do Massacre do Buriti, onde as bikes vão se fantasiar de cavalaria pra bater na galera hehehe.
Mas esse post é sobre o reveillon - ou Revele o OM - que foi massa mor. Não teve nenhuma foto, mas assim também é legal, tá tudo na memória.
        Depois de inúmeros problemas pós-natal, íamos eu, Colela, Ingrede, Peixão e Surtado para a chapada no dia 31 de 2009. Infelizmente de última hora o casal não pode ir, então o mr. Anderson tomou a vaga. Muito engraçado, os cara não fragaram que a gente ia ficar vários dias... só eu levei barraca e um cobertor e ainda achava que estava mal. Passamos na casa do Surtado pra ele pegar a barraca quebrada dele e uma cachaça maravilhosa que a Tchellinha deu pra ele. Ninguém tinha colchão, cobertor (salvo EUxceções), travesseiro, dignidade e o dinheiro ainda estava curto. No caminho cerva e cachaça (menos pro Peixão motora), resolvemos esbanjar, afinal era ano novo. Pra compensar concordamos em não gastar nenhum centavo para dormir. Ainda não sabíamos pra onde estavamos indo, só Chapada dos Veadeiros. Procurei saber sobre como estavam as cidades, parece que em Alto Paraíso o esquema ia ser yoga, meditação e conexão com o espírito superior, num esquema bem alternativo tiozão dos UFO e como não estávamos nesse clima era São Jorge ou Cavalca.  No caminho a cerva acabou e paramos em São João D'aliança pra comprar mais. Perguntei pra umas mina pra onde elas iam, falaram que o evento era em São Jorge, já Cavacante estava mais parado. Beleza então, fomos pra San Jorge Protector.
       Chegando lá só alegria, eram 19h, fizemos a reza de Exú para que tudo desse certo. Deu! Hehehe. Analisamos o perímetro para ver onde era melhor acampar, decidimos que iríamos acampar na rua de trás dos Campings, dava pra ficar curtindo o som deles e ainda trocar idéia com as mina que saíam do camping hehehe, zoa. Quando a gente tava tomando cerva no Pelé, encontramos mó galera, o BiBih, Caetano, Diguim, Unicórnio e Carlinha que a gente conhecia. Estavam ainda com Ugo, Iago, Juju e Catalas que iríam virar brothermór em pouco tempo. Eles estavam ficando em uma casa abandonada em Cavalca, no terreno do tio do Ugo, isso já há uma semana. Beleza, cada galera foi pra um canto. Nos enfiamos no mato pra curtir a natureza, ficamos trocando idéias memoráiveis pelas ruas, além de curtir um Steel Pulse na frente de um barzinho lá por perto. Pelas 23h resolvemos pegar uma rua e ir andando, quando vimos estávamos na rua que vem de Alto e vai para a Raízama. Sentamos na pista com nossos vinhos, cada hora que passava um carro, um de nós dava uma de flanelinha e indicava o desvio, sempre acompanhado de um FELIZ ANO NOVO! Com certeza fizemos a noite da galera, tava muito engraçado. A gente desceu a rua pra comprar mais vinho e/ou pegar a cachaça no carro. Quando chegamos lá tava pra virar a noite e a gente nem tinha fragado. Sentamos num meio-fio para fazer a última homenagem a Exú, grande abridor de portas! Alías, desde que fui na Umbanda, o Exú pediu para toda vez que for beber jogar algo pra ele. E assim tenho feito e muita coisa boa tem acontecido, então não pretendo mudar essa prática tão cedo. Beleza, virou o ano tudo massa. Ah, os coroa do Surtado deram pra ele um Champagne, que eu desperdicei na cabeça da galera, como sempre faço, e deixei ele puto. Hahaha, mas é isso aí, viva o desperdício! Em meio a vários abraços, passou uma senhora com sua família. Ela veio ao nosso encontro e abençoou todos, momento muito legal. Depois um senhor veio falar que ela era a matriarca da família, que bom que ela gostou de nós! Heheheh. Depois de insanos momentos, descobri que meu tio tava na cidade pelas tiazonas que ele sempre anda... mas nem achei ele. Daí saímos do crowds e fomos pro outro lado da cidade. Tava rolando um show mais ou menos, mas cheinho. Não tava pro nosso gosto. Subimos pra sentar na rua de novo e curtir as estrelas ao vinho. Massa demais. Resolvemos descer pra ouvir um pouco, já que tocavam algumas coisas boas como Chich Science... Saindo de lá, passamos num prediozinho da prefeitura, do lado do show. As ruas estavam lotadas. Subi um degrau pra ler do que era a casinha, que aliás nem consegui descobri pelo seguinte. Surtado subiu numa árvore e começou a fazer graça. Nada demais, do nada uma viatura de gambé, alías a única da cidade, sem nada pra fazer e puta por estar trabalhando na virada, resolve implicar com o moleque. Do nada deram um cavalinho de pau e saíram com armas na mão: Os 3 mão na cabeça! Mão na cabeça rapá! Tomei um susto, foi muito do nada. Zela mór esses cara. E o mais engraçado, eu tava a 2 metros deles e não tomei bacu. HEIAUEH. Totalmente sem sentido. Eu ainda levantei as mãos e tal e eles nada... aí desisti hehehe, quando perceberam a merda, perguntaram: Tem droga nessa pochete aí? Aí eu: Não, quer olhar? Aí tirei e ofereci pra eles. Ele: Não. AHEIUHAIEUHAIUE. Bixo loco. Isso que olharam até dentro da meia do Surtado. Aí foram embora com cara de bunda. Totalmente hilário. Saímos fora e nessa muvuca perdemos a cachaça! Muito palha. Encontramos com os 9 e combinamos de ir pra festa da Raízama. Aí lembramos da cachaça! Foi uma odisséia achá-la, mas no fim das contas tava onde a gente tomou o bacu, vazia. Ou os gambé derrubaram e a gente não viu ou alguém bebeu. Pelo menos achamos a garrafa. Beleza. Fomos pra Raízama, trancezinha e tal na cachu. Legal, mas não foi o ápice da ano novo. Muito cansativa aquela barulheira, nem rola de trocar uma idéia. Ainda mais que só tinham uns gatos pingados. Mas foi massa, a gente totalmente alcoolizado conseguiu colocar a fita-bamba. Osso foi andar, mas rolou. Bom demais!
       No dia seguinte decidimos acampar com a galera em Calvaca. A melhor idéia de toda a trip. Eram três carros para 13 pessoas. Eu e os mlk no do peixão, carlinha, juju, Iago e Bibih em outro e os mlk da 12 no carro do Catalas. Chegamos junto com o carro do Bibih, o carro to Catalas não tava na melhor das condições pra acompanhar a gente e acabou ficando pra trás. Velho, lugar irado. Perto de uma reserva, você para o carro em frente a uma ponte. Se fosse na seca, rolava de continuar na pista e passar por onde agora está o rio, parando o carro do lado da casa abandonada. Como o leito tava altão e a corrente forte, só dava pra parar longe. Mas ótimo. Pontezinha do rio que cai irada demais. Lugar muito vibes, no meião da chapada e do cerrado. Dá uma volta grande e chega no portão verde, enfim uma casa com várias coisas escritas de carvão na parede, muito morcego do lado de dentro. Lá atrás tinha um fogão a lenha. Em volta a chapada e todos os morrões, sem sinal de vida por perto, pelo menos humana. Mato altão, a galera já tava ocupando a varanda inteira. Como não estava chovendo, rolou de montar minha barraca na estrada. Os mlk tavam morto e com preguiça de montar a do Surtado. Aliás, a minha dava pra 2 pessoas apertadaço e a do Surtado era menor ainda. Eles estenderam a do Surtado e ficaram assando no sol HEHEEH. Nesses dias Peixão virou salmão.
      Ah, aí o carro do Catalas não chegou! Ficamos super preocupados e já estávamos montando uma equipe de resgate. Uma galera foi na city atrás de suprimentos e fez boa parte dos 90km de volta buscando eles. Não acharam ninguém, perguntaram para os carros que vinham se viram algum carro na pista. Todos falaram que não. Os mlks chegaram quase no fim da tarde. Como imaginávamos, o carro -que já tava mais pra lá do que pra cá - fudeu. Sumiu um pistão. Não sabia que isso era possível! Eles foram ajudados por uns caras meio mafiosos, num chrysler, que mexiam com mecânica em Teresina do Goiás. Os mlk contaram histórias hilárias, até um momento que presenciaram um carro sendo explodido com dinamite pelos loucões. Enfim, o carro ficou lá e eles conseguiram carona pra Cavalca. Foi um dia inteiro de morgação pra galera se recuperar do reveillon. O rio ficava a uns 100m, muito irado, era a fonte de vida da galera. Para tomar banho, beber água, lavar panela, fazer comida, tudo. Vidinha boa viu? Aí ficamos nisso durante todo o período. Inúmero banhos por dia, era só abrir o sol. Foda era a chuva, descobrimos uma varandinha menor lá atrás e nos alojamos. Uma barraca rotativa (a minha, já que a do surtado para nada servia além de cobertor) e um chãozinho gelado. Mas foi de boa, com o tempo as costas da galera se acostumou com a dureza. Foram dias inexplicáveis com uma galera muito vibe em um tempo sempre muito nublado e chuvoso. Finalmente no último dia abriu um sol o dia todo. Uma galera foi pro lava pés, uma minicachuzinha. Eu e Caetano conseguimos emendar as nossas fitas e colocar ela atravessando o rio!  Tipo 20m! Nunca andei numa fita tão irada e tão difícil! Ainda mais pelas condições físicas bem precárias da  galera. Quase cheguei no mosquetão do meio, já o Caretano mando ela toda uma vez! Ápice da fita, da vida. Mais tarde com a galera toda aproveitamos para catar lenha e depois subir numas árvores gigantes. Eu, Surtado e Catalas fomos na city fazer o resgate da janta e comprar um vinho e uma fiffty one. Sentamos no meio-fio e trocamos várias idéias vendo o pôr do sol na pacata praça. Ouvindo Jonh Lennon (já não aguento mais esse cd do peixão!), foi irado. Volta e meia aparecia um doido ouvindo um sertanejaço nas alturas, mas de boa., se fosse diferente não seria o Goiás. Na volta passando pela ponte finalmente conseguimos ver as estrelas! Pausa para admiração, parada incrível. Na casa rolou uma fogueirona massa com toda a galera, dessa vez sem nenhuma morgação. Quando começamos a fazer a macarronada apareceram as nuvens e a chuva, tivemos que voltar pra varanda. Foi uma noite memorável. Dia seguinte da partida, faxina geral, deixamos nossas mensagens na parede. Demos um adeus ano louva-deus que ficou a semana toda com a galera, Unicórnio até presenciou ele destroçando uma besourão. O bichinho era sagaz demais, caindo mó toró, ele simplesmente se pendurava de cabeça pra baixo na folhagem. Fizemos a limpa, Catalas foi na city tentar agilizar o esquema do guincho pra levar o carro dele. Galera do bonde dele ficou nessa treta. O Unicórnio acabou voltando com a gente. Ugo e Caetano voltaram de carona com os pais do Ugo que tavam em São Jorge, enquanto Catalas e Diguim voltam no Guincho. A galera que sobrou aproveitou para ir pra uma cachu, a São Bento. Era 10 conto pra ir na Almécegas I e II que são as mais incríveis e menos crowds, mas a galera zurou e preferiu pagar 5 pra ir só na São Bento. Fiquei chateado, mas fazer o que? Queria muito escalar o watersolo da Al-I... muito irado. Mas de buenas, lá rolou de dar umas escaladas, dar uns jumps e ainda colocar a fita em cima da água, com a ajuda do Unicórnio e da Carlinha. Ficou irado mór, literalmente surfamos! E pra finalizar a trips, um sol incrível na estrada. Com certeza ainda vou voltar pra essa casinha. Agradeço de coração a todos presentes.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Pesquisadores da Unicamp no Haiti

Muito melhor do que a cobertura das grandes corporações e da grande mídia, tem um blog de pesquisadores da Unicamp que estão no Haiti. É o
http://lacitadelle.wordpress.com/

A lógica do capitalismo globalizado mostra sua verdadeira face nessas horas. Como já afirmou Bauman sobre as consequências da globalização, "Quem for livre para fugir da localidade é livre para escapar das consequências. Esses são os espólios mais importantes da vitoriosa guerra espacial".

Para quem não ouviu o que o Consul do Haiti np Brasil falou sobre a questão, http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=consul-haitiano-afirma-que-o-africano-em-si-tem-maldicao-04021B3266D4990326&mediaId=1035326



No blog o pesquisador Werner Garbers relata
"Os EUA estão mandando mais de 5 mil marines (dizem até 10 mil), obviamente muitos deles armados, dizendo que a reconstrução que buscam é a longo prazo… Também já têm o aeroporto em seu controle. Por que não priorizar 5 mil médicos, ou 5 mil litros de diesel, ou 5 mil quilos a mais de comida? Ou então 5 bi de dólares pra pagar uma fração do prejuízo que o fracasso do neoliberalismo, liderado pelos EUA, causou ao Haiti? Ou até para compensar o protecionismo de países desenvolvidos em relação a quem, economicamente, já está de guarda abaixada faz tempo?

Às vezes, penso que tantos mil soldados só podem vir pra cá para caçar, quem sabe grupos locais (os quais, onde não há presença do Estado, são naturalmente o poder existente). Pra quem quiser ajudar o Haiti, será que exise algo mais importante com que se gastar esses recursos do que investir na soberania alimentar, no combate à sede, à falta de moradia, etc, as quais já afetavam a esmagadora maioria da população antes do desastre? Desastre natural, aliás, que se agrava, na verdade, por conta de um desastre precedente, o social.

Num momento em que minha experiência no Haiti me mostrou que a natureza de muitas ocupações, “ajudas” e relações internacinais não me agradam, não posso estar otimista com o futuro politico do Haiti, apesar de acreditar muito no povo haitiano. Fico ainda mais preocupado sabendo que quem esta liderando tal movimentação é obviamente os EUA, o qual nas últimas décadas foi uma das “potências” que pressionaram infinitos países e exerceram muito dessa forma, eu diria, autoritária e doentia de se relacionar com o outro. Como disse Omar, qualquer valor monetário dado agora ao Haiti “humanitariamente” é pouco, e é, na verdade, o pagamento mínimo de uma dívida, que, ainda por cima, estão pagando de forma errada. E o Brasil parece não ter aprendido a lição que sofreu na própria pele: hoje é um dos protagonistas da intensifcação desses princípios perversos e que geram desigualdade no Haiti. Aliás, já anunciou que ficará por aqui mais 5 anos."

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Últimas 48h, início das movimentações


Sobre o Revelo o OM, vai ficar pra depois... com certeza até a roadtrip de minas em fevereiro (espero que não role nenhum imprevisto!) vou ficar muito tempo no ócio e vou conseguir lembrar e por no papel. Aliás, ócio não porque os movi já tão dando o que falar, eu estava reclamando que já estava com saudade, mas nas últimas 48h foi uma overdose de movimentos hehehe. Enfim, tudo começou quando o peixão me ligou avisando que a gente ia crowdiar a casa do imprudente, vulgo meinha.


Meinha do Demo


 Planfletagem
Foi massa, manifestantes tacaram ovos e mangas podres na casa dele, fizeram o de sempre: Reza, funeral, varal de meia (na novíssima cerca elétrica do indivíduo), aquela festa... a tiazona professora estava muito engraçada. Fizeram arte na pista, aliás acredito que foi o melhor ato, já que esse foi o único que não foi retirado. Os gambé estavam piano e até achando graça. Os vizinhos se amarrando, mas poucos desceram. Ouvi até falar que mijaram no portão do cara, mas deve ser intriga da oposição hehe. Daí, depois de muito sol na cabeça, como ninguém é de ferro, fomos ao lago paranoá tomar uma cervinha e dar um tchibum! Mó galera. Daí, pizza, cerva e samba pra apaziguar. Hoje estavam falando que cada um de nós estava recebendo 50 conto pra protestar. Nossa ri demais com a galera do comissionados. Mas realmente, nesse dia recebemos 50 conto do pai do davizão, seu bené, pra pagar nossas cervas em homenagem à luta! hiauehiaue vixe, pode esparrar não, caso de corrupção! Daí fomos pra vigília na câmara. A princípio muito tranquilo e leve, fogueirinha, papo, palha e pá. O sindpro mandou um carro de som pro dia seguinte lá... blz. Daqui a pouco chega um trio elétrico da ivete com banana de 30m e para nos fundos... já se esperava treta. Noitinha bem agradável com pessoas agradáveis, ignorando a reunião... porra chata do caralho, poucos foram objetivos sobre perspectivas do dia seguinte, sendo que a maioria ficou fazendo discurso e programando ações mirabolantes. Tinha nego querendo fazer votação pra definir se ia fazer isso ou aquilo com 20 pessoas, em nome de todas as outras 200 que iam chegar no dia seguinte. Ainda fala de povo, comédia. Martír é foda. Depois da segunda rodada de falas já não aguentava mais. Enfim, fomos dormir tardão haieuhaiuehui pior que ainda ficamos atrapalhando o sono dos outros com piadas infames. Às 6 e meia, arrudistas mothefuckers chegaram em massa, pra cumprir expediente distrital. Gritando e acordando a galera, atacaram nosso pobre caixão e o boneco do arruda. Se vê que apesar estarem sendo obrigados a defender patrão, subconscientemente aproveitam os poucos momentos possíveis para demonstrar sua indignação enrustida, atacando a imagem do meliante. heaheiuahe. Pelo menos acho que o diogo conseguiu pegar um dos fdp e salvar o que sobrou do caixão.

 Avarias

Ah, esqueci de citar, a gambezada proibiu o acesso ao GRAMADO, nosso querido campo de futebol oficial. É que o meinha, euribritz e laia estavam com medo de que o povo expropriasse a casa, aliás, expropriasse não, tomasse de volta o que lhe pertence. Enfim, visto que os gambé não fizeram nada frente aos ataques recebidos, tomamos o gramado e a rampa pra nós. Claro que não fez a menor diferença, sendo que tinha funcionários de tudo quanto é administração do DF ocupando a porra toda, enquanto a gente resistia na porta. Foi osso, a baixinha teve que ralar pra trampar, já eu tinha que buscar minha mãe no aeroporto com infímas 2h de sono. Fiquei ranzinza e xaropando todo mundo o dia todo, segundo colela. Quando voltei os pédebota tinha feito um cerco em volta da rampa, arrastado mó galera de lá.


 Falta do que fazer, truculência, incopetência, entendam como quiser
 A galera resistiu bravamente. Foram arrastados, enforcados... a cabritagem de sempre. Enquanto isso, na outra rampa os arrudistas ficavam sem nenhuma atômica por perto, engraçado mesmo. Fomos sentando em volta, no gramado a uns 5m da galera. Parada mais sem sentido do mundo esse cerco, é muito medo de estudante mesmo, não é possível. Como que íamos ocupar com 30 pessoas? Queríamos arranjar rango pra galera e não deixaram. Convocamos todos por perto pra fazer o volume em volta já que tínhamos perdido o timming de sentar na rampa.

Enfim, piada. Tinha um brother professor se exaltou mór, ficou gritando com os pm, super divertido. Hehehe. Tinha um que já estava puto, virou meu segurança particular depois que a gente ofereceu cópia do jornal que tem na capa o espancamento do buriti. Eu era um dos que estava quase colado nos cana. Aí eu ia chegando, chegando, de bandinha em bandinha. Numa desses ele ficou puto e me deu um bicudo. FDP! Ainda falou: "Quer sentar no meu colo rapá?". Se eu não me engano isso é assédio sexual, né? Ou o cara era enrustido, sei lá, muitas hipóteses. Aí a galera ficou alucinando eles... enfim, os gambé viram que eles estavam chovendo no molhado e separar a gente era totalmente sem sentido. Todos foram saindo, menos o meu segurança. Tava de tpm (sacou? T-PM) hahaiuha. Enfim, depois até ele desistiu. Daí nos reunimos em grande felicidade, enquanto isso o incopetente do operador de som da cut sumiu, famoso - deu o perdidão. Nisso, o carnaval do fica arruda estava bombando em nossos ouvidos desde cedo. Carro de som é uma MERDA, por mim os dois podiam explodir, tanto o "nosso" (na verdade da cut e dos partidin¬¬) quanto o  ivete mega-urtiga. Primeiro que elitiza o acesso ao som, não só pela dificuldade de subir e falar, que nem é tanta, mas pelo fato de abafar qualquer parada que a galera quiser fazer embaixo. Além do que a galera que tá lá em cima nem se preocupa em dialogar com a galera embaixo, além de ficarem sempre as mesmas pessoas xaropando lá em cima, sem trégua. Uma das razões que me fez desistir de participar de uma carreata foi ouvir: "Companheiros, vamos deixar o pessoal do partido ficar em cima". BANDO DE FDP. Bandeira dos partidos minusculos a gente até suporta, mas PT vir falar de corrupção? É piada mesmo. VIVA OS AUTÔNOMOS E SEM PARTIDO! Enfim, aproveite a barulheira para recuperar um pouco do sono. Daí o de sempre, ficou um cordão de isolamento dos homi entre nós + cutistas e arrudistas, aliás acho muito engraçado aqueles capacetes dos gambé. Os bixo tão a pé, a parada tá de boa, mas eles tem que ficar parecendo formiga atômica heiauheiua.

 Acordei, apesar de mal ter conseguido dormir, quando a galera do carro deu uma trégua, e conseguimos uns instrumentos. Foi a melhor parte, batuque e ciranda, melhor maneira de protestar! Descemos pra pista, galera ficou curtindo as marchinhas de carnaval do foraarruda e toda máfia. Depois de um frevo muito animado, fomos até a sede da OAB-DF, atrás do Caputo. "VEMCAPUTO!". Aproveitei pra tirar um ronco pois o chão estava geladinho, muito sol na cabeça até então, sem comida, realmente osso. Peguei no sono pesado hehehe, quando acordei já tinha rolado tudo e o cara tinha dito que ainda eram a favor do impeachment. Grande caô, mas a pressão foi feita. Daí voltamos pra câmara pra buscar o carro. Até a tia do colela estava lá e volto com a gente. Agora se recuperar que essa parada vai pegar fogo até a viagem em fevereiro, quando o carnaval chegar. Aliás o carnaval desse ano vai ser um dos melhores que Brasília já teve com o tema contra os corruptos, boa época para repensar o própria sistema que os produz ao invés de ficar personalizando na figura de candidato. Lutemos por uma real democracia, sem instâncias representativas, ou pelo menos com o mínimo possível. Dias cansativos, mas a melhor coisa a se fazer!

Uma retrospectiva de 2009:

Carnaval fora de época



Massacre do buriti
Obrigado deus, por durval
Bicicleta presente no buriti

SEM PARTIDO!

Câmara, Assembléia Popular

Carnaval da rodo


Lhes apresento o Estado
Resistência

Coronel Silva Filho, repressão em "pessoa"

Retirada dos ocupantes

MOVIMENTO AUTÔNOMO!

Mesmo após repressão, mainifestações não param

Pelo direito legítimo de livre expressão e manifestação
Fora, Congresso Nacional

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O "porque"

      Nada pra fazer no trampo.... na verdade nada não, tenho que entregar um artigo até sábado, mas não tô com o mínimo saco... vou esperar o Agenor passar com o café de novo, quem sabe tomo coragem. Estou escrevendo sobre o novo papel da imagem e dos meios de comunicação, principalmente o jornalismo, no cenário político contemporâneo, dentro do contexto de globalização. Resumindo, são todos comprados com interesses econômicos e políticos próprios, se intitulando isentos e imparciais, sendo que a própria abordagem e seleção dos fatos, bem como sua herarquização além da construção da imagem pública são totalmente mutáveis, imprecisas e enviezadas. A mídia centralizada se torna palco para disputa de imagem, se deslocando para o foco de ação da classe política, dentro do contexto de "democracia" eleitoral fudida. Então, VIVA A MÍDIA INDEPENDENTE!
Enfim, parando de falar besteira... ou continuando, resolvi escrever esse blog como diário pessoal das viagens que fiz nos últimos anos, sou muito esquecido e essa é uma maneira de me ajudar a memorizar, sem a expectativa de que alguém vá ler isso aqui... quem sabe os brothers que compartilharam esses momentos especiais.
Queria lembrar da viagem que fiz com o Mexicano e o Castor para o sul, encontrando com o Davizela, Hellen, Lu, além de ter conhecido os paula, grandes irmãos! Passamos por curitiba, ilha do mel e floripa, quando tiver com saco pra escrever eu faço... enquanto isso vamos listando...


Isso foi no dia 27, ou algo parecido, do ano 2008, no dia em que meu vovô Expeditão morreu, que o universo o tenha.
Beleza, outro irada que quero lembrar foi a viagem paga pela unb, hahaha viva a universidade, para Dourados para o 4o congresso de extensão universitária, fui com o peixão, mazoka xarope, aninha, mari... dificilmente conheci tanta gente massa de tantos estados diferentes, na verdade são poucos o que lembro o nome, tinha tanta gente que era mais fácil lembrar pela cidade e estado hehehehe. Fomos ao Paraguai também por uma tarde, exercitar nossos desejos de consumo... é realmente triste, mas vale a pena... aditivos muito baratos heheheh! Não lembro que mês foi isso,
mas foi antes das férias do meio do ano. Acho que 2009 foi um dos anos que tive mais viagens incríveis, aliás com certeza foi.
No meio do ano rolou uma épica! Eu, surtado, suquinho de maça [marola(marília)] e mundica (carola).

Minas gerais, como a ingrede resumiu. Carol escreve no diário de bordo: "querido cardeninho hj o dia foi good. tiago travou mór, marília foi pro evento e gabriel conheceu vários mendigos ". Falando nisso, so vou me aprofundar nessa viagem quando conseguir o caderninho com a carol... aliás, tenho que pagar ela, to fudido... devo o mundo a essa menina, inclusive muita cerveja. Um salve pros brother de ouro preto e conceição! Escaladas incríveis.

Vou tentar lembrar também as inúmeras idas a cocal... mas de preferência as coisas interessantes, pelo menos para mim. Duvido que alguém ainda esteja lendo meus devaneios hahaha.


Ok, se não me engano.... só mais uma trip. Dia 31 de 2009, íamos eu, Peixão, Surtado e Colela. Por problemas feminos colela bundo na hora, aih foi o MR. ANDERSON, vulgo Neo. Provavelmente, a próxima postagem vai ser sobre esse dia, pois ainda tenho certas coisas frescas na memória. Foi incrível, encontramos o Bibih, Unicórnio, Diguim, Caretano, Iago, Carlinha, Juju, Victor e Ugo... Uma ida a São jorge terminou no paraíso, Cavalca com mó galera, do melhor jeito possível, no meio da chapada, numa singela varanda, ao lado de um rio... fazendo rango, cagando no mato, tomando banho e bebendo água do rio, fita bamba sobre a correnteza... enfim, perfeito. Não teve nenhuma câmera, mas tá tudo na memória.
Ah, vi o filme Loki sobre Arnaldo Batista na casa do Cris, foi meu primeiro contato mais profundo com mutantes, desde então tenho ouvido constantemente... muito bom, demais! Por isso resolvi por esse nome, uma ode ao inexplicável, ao desconhecido, ao rejeitado, ao segregado e à resistência!
Ah, tive uma idéia, acho que também vou escrever sobre os momentos de nossa vã luta contra o filho da puta do governador, o dono da cidade P.O., o bairro noroeste... os meus pensamentos sobre Brasília e sua história. Cada vez mais me apaixono pela história totalmente desconhecida que essa cidade guarda, muito diferente da largamente proclamada pelas vias institucionais de brasólia como uma cidade agregadora, moderna, futurística.
Bom, o café deve chegar daqui a pouco e preciso começar a terminar meu artigo.
Salve Exú por abrir as portas.