quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

FORA NOROESTE! ABAIXO A ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA!

      Surtadinho tá na área, virou colunista do blog hehehe, mas enquanto ele não dá as caras vai aí um vídeo sobre o movimento contra o mais novo bairro de alta renda de Brasília. Falando em putaria, hoje vai ter movimento na câmara, já que além das ameaças de cada deputado da base arrudense ter recebido 420mil por voto no Plano Diretor de Ordenamento Territorial, agora surge a denúncia de que cada um recebe 4 milhões para impedir o impeachment do governador e Paulo Octávio, o dono da cidade.
O PDOT preve o Noroeste, que destrói uma das últimas grandes áreas de cerrado do DF, ameaça expulsar sua única comunidade indígena, além de ser um projeto que apresenta inúmeros problemas urbanísticos e causará problemas de assoreamento das águas da área.


"Um grupo formado por estudantes, ambientalistas e militantes de movimentos sociais realizou na segunda (18) um protesto contra a construção do novo bairro de alto luxo de Brasília, o Setor Noroeste [Faroeste]. A concentração dos manifestantes começou às 11h em frente à central de vendas do Setor Noroeste, na 208 norte. Por volta de meio dia havia cerca de 50 pessoas na manifestação. Um grupo de ativistas trouxe algumas sacolas de refugo de uma feira próxima. Às 12h 30 os vegetais podres e os ovos começaram a voar contra as paredes do luxuoso stand de vendas. Faixas que anunciavam apartamentos no novo bairro foram recolhidas pela cidade e queimadas em frente ao stand.

Um pouco antes das 13h, o grupo se dirigiu em carreata ao canteiro de obras do Setor Noroeste. Lá, os manifestantes se dividiram em grupos e pararam várias das máquinas que faziam o trabalho de devastar a área de cerrado virgem da Reserva do Bananal. Dentro da área da reserva, existem 58 hectares que são considerados legalmente como zonas intangíveis, ou seja, que não poderiam sofrer qualquer tipo de alteração. Quatro desses 58 hectares já foram devastados, apesar da decisão da Justiça Federal, no dia 24/11 de 2009 de que todas as intervenções da Terracap na área da Reserva fossem suspensas. A empresa Basevi, que executou a destruição, foi multada em apenas 250 mil reais.

A destruição do cerrado na área do Setor Noroeste trará graves problemas para o abastecimento de água em Brasília. A impermeabilização do solo, por conta das construções, prejudicará a função da área de recarga de um aqüífero que existe ali sob o solo. Além disso, o bairro acabará por sobrecarregar as estações de tratamento de esgoto, (ETEs) que atualmente desembocam no Lago Paranoá, sustenta a bióloga e ambientalista Denise Paiva, presente no protesto. Ambientalistas apontam ainda que a remoção da cobertura vegetal contribuirá para o aumento do processo de assoreamento da Bacia Hidrográfica do rio Paranoá.

Além dos impactos ambientais e urbanísticos (como a piora do trânsito em toda a Asa Norte), a construção do Noroeste pressiona as etnias indígenas que ali vivem em torno no Santuário dos Pajés, local considerado sagrado por eles. O cacique Korubo, considerado uma liderança espiritual do Santuário, passou nove meses desaparecido, fugindo das ameaças de morte feitas por pistoleiros, que segundo ele, eram contratados pela Terracap. Korubo voltou ao santuário apenas no dia 4 de janeiro de 2010. A casa do índio Towê, próxima ao Santuário, foi alvo de um incêndio (apontado por laudo da PF como criminoso) no dia 30 de março de 2009."

Um comentário:

  1. Bom post, morte ao P.O, o mestre de obras de Brasilia e a todos esses mdfks.E achei viadagem esse negócio do surtado virar colunista, falei. mas vim aqui só marcar a preza. beijocas, suquinho de maçã.

    ResponderExcluir