quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Revele o OM

       Nesse momento a CPI da pizza está acontecendo lá na casa do espanto, galera tá lá crowdiando lá jogando bosta na entrada. Infelizmente to aqui no trampo... mas mais tarde tem mais. Aliás, carnaval vai ser irado vai rolar o bloco FORA ARRUDA E TODA MÁFIA, vou estar na ala do Massacre do Buriti, onde as bikes vão se fantasiar de cavalaria pra bater na galera hehehe.
Mas esse post é sobre o reveillon - ou Revele o OM - que foi massa mor. Não teve nenhuma foto, mas assim também é legal, tá tudo na memória.
        Depois de inúmeros problemas pós-natal, íamos eu, Colela, Ingrede, Peixão e Surtado para a chapada no dia 31 de 2009. Infelizmente de última hora o casal não pode ir, então o mr. Anderson tomou a vaga. Muito engraçado, os cara não fragaram que a gente ia ficar vários dias... só eu levei barraca e um cobertor e ainda achava que estava mal. Passamos na casa do Surtado pra ele pegar a barraca quebrada dele e uma cachaça maravilhosa que a Tchellinha deu pra ele. Ninguém tinha colchão, cobertor (salvo EUxceções), travesseiro, dignidade e o dinheiro ainda estava curto. No caminho cerva e cachaça (menos pro Peixão motora), resolvemos esbanjar, afinal era ano novo. Pra compensar concordamos em não gastar nenhum centavo para dormir. Ainda não sabíamos pra onde estavamos indo, só Chapada dos Veadeiros. Procurei saber sobre como estavam as cidades, parece que em Alto Paraíso o esquema ia ser yoga, meditação e conexão com o espírito superior, num esquema bem alternativo tiozão dos UFO e como não estávamos nesse clima era São Jorge ou Cavalca.  No caminho a cerva acabou e paramos em São João D'aliança pra comprar mais. Perguntei pra umas mina pra onde elas iam, falaram que o evento era em São Jorge, já Cavacante estava mais parado. Beleza então, fomos pra San Jorge Protector.
       Chegando lá só alegria, eram 19h, fizemos a reza de Exú para que tudo desse certo. Deu! Hehehe. Analisamos o perímetro para ver onde era melhor acampar, decidimos que iríamos acampar na rua de trás dos Campings, dava pra ficar curtindo o som deles e ainda trocar idéia com as mina que saíam do camping hehehe, zoa. Quando a gente tava tomando cerva no Pelé, encontramos mó galera, o BiBih, Caetano, Diguim, Unicórnio e Carlinha que a gente conhecia. Estavam ainda com Ugo, Iago, Juju e Catalas que iríam virar brothermór em pouco tempo. Eles estavam ficando em uma casa abandonada em Cavalca, no terreno do tio do Ugo, isso já há uma semana. Beleza, cada galera foi pra um canto. Nos enfiamos no mato pra curtir a natureza, ficamos trocando idéias memoráiveis pelas ruas, além de curtir um Steel Pulse na frente de um barzinho lá por perto. Pelas 23h resolvemos pegar uma rua e ir andando, quando vimos estávamos na rua que vem de Alto e vai para a Raízama. Sentamos na pista com nossos vinhos, cada hora que passava um carro, um de nós dava uma de flanelinha e indicava o desvio, sempre acompanhado de um FELIZ ANO NOVO! Com certeza fizemos a noite da galera, tava muito engraçado. A gente desceu a rua pra comprar mais vinho e/ou pegar a cachaça no carro. Quando chegamos lá tava pra virar a noite e a gente nem tinha fragado. Sentamos num meio-fio para fazer a última homenagem a Exú, grande abridor de portas! Alías, desde que fui na Umbanda, o Exú pediu para toda vez que for beber jogar algo pra ele. E assim tenho feito e muita coisa boa tem acontecido, então não pretendo mudar essa prática tão cedo. Beleza, virou o ano tudo massa. Ah, os coroa do Surtado deram pra ele um Champagne, que eu desperdicei na cabeça da galera, como sempre faço, e deixei ele puto. Hahaha, mas é isso aí, viva o desperdício! Em meio a vários abraços, passou uma senhora com sua família. Ela veio ao nosso encontro e abençoou todos, momento muito legal. Depois um senhor veio falar que ela era a matriarca da família, que bom que ela gostou de nós! Heheheh. Depois de insanos momentos, descobri que meu tio tava na cidade pelas tiazonas que ele sempre anda... mas nem achei ele. Daí saímos do crowds e fomos pro outro lado da cidade. Tava rolando um show mais ou menos, mas cheinho. Não tava pro nosso gosto. Subimos pra sentar na rua de novo e curtir as estrelas ao vinho. Massa demais. Resolvemos descer pra ouvir um pouco, já que tocavam algumas coisas boas como Chich Science... Saindo de lá, passamos num prediozinho da prefeitura, do lado do show. As ruas estavam lotadas. Subi um degrau pra ler do que era a casinha, que aliás nem consegui descobri pelo seguinte. Surtado subiu numa árvore e começou a fazer graça. Nada demais, do nada uma viatura de gambé, alías a única da cidade, sem nada pra fazer e puta por estar trabalhando na virada, resolve implicar com o moleque. Do nada deram um cavalinho de pau e saíram com armas na mão: Os 3 mão na cabeça! Mão na cabeça rapá! Tomei um susto, foi muito do nada. Zela mór esses cara. E o mais engraçado, eu tava a 2 metros deles e não tomei bacu. HEIAUEH. Totalmente sem sentido. Eu ainda levantei as mãos e tal e eles nada... aí desisti hehehe, quando perceberam a merda, perguntaram: Tem droga nessa pochete aí? Aí eu: Não, quer olhar? Aí tirei e ofereci pra eles. Ele: Não. AHEIUHAIEUHAIUE. Bixo loco. Isso que olharam até dentro da meia do Surtado. Aí foram embora com cara de bunda. Totalmente hilário. Saímos fora e nessa muvuca perdemos a cachaça! Muito palha. Encontramos com os 9 e combinamos de ir pra festa da Raízama. Aí lembramos da cachaça! Foi uma odisséia achá-la, mas no fim das contas tava onde a gente tomou o bacu, vazia. Ou os gambé derrubaram e a gente não viu ou alguém bebeu. Pelo menos achamos a garrafa. Beleza. Fomos pra Raízama, trancezinha e tal na cachu. Legal, mas não foi o ápice da ano novo. Muito cansativa aquela barulheira, nem rola de trocar uma idéia. Ainda mais que só tinham uns gatos pingados. Mas foi massa, a gente totalmente alcoolizado conseguiu colocar a fita-bamba. Osso foi andar, mas rolou. Bom demais!
       No dia seguinte decidimos acampar com a galera em Calvaca. A melhor idéia de toda a trip. Eram três carros para 13 pessoas. Eu e os mlk no do peixão, carlinha, juju, Iago e Bibih em outro e os mlk da 12 no carro do Catalas. Chegamos junto com o carro do Bibih, o carro to Catalas não tava na melhor das condições pra acompanhar a gente e acabou ficando pra trás. Velho, lugar irado. Perto de uma reserva, você para o carro em frente a uma ponte. Se fosse na seca, rolava de continuar na pista e passar por onde agora está o rio, parando o carro do lado da casa abandonada. Como o leito tava altão e a corrente forte, só dava pra parar longe. Mas ótimo. Pontezinha do rio que cai irada demais. Lugar muito vibes, no meião da chapada e do cerrado. Dá uma volta grande e chega no portão verde, enfim uma casa com várias coisas escritas de carvão na parede, muito morcego do lado de dentro. Lá atrás tinha um fogão a lenha. Em volta a chapada e todos os morrões, sem sinal de vida por perto, pelo menos humana. Mato altão, a galera já tava ocupando a varanda inteira. Como não estava chovendo, rolou de montar minha barraca na estrada. Os mlk tavam morto e com preguiça de montar a do Surtado. Aliás, a minha dava pra 2 pessoas apertadaço e a do Surtado era menor ainda. Eles estenderam a do Surtado e ficaram assando no sol HEHEEH. Nesses dias Peixão virou salmão.
      Ah, aí o carro do Catalas não chegou! Ficamos super preocupados e já estávamos montando uma equipe de resgate. Uma galera foi na city atrás de suprimentos e fez boa parte dos 90km de volta buscando eles. Não acharam ninguém, perguntaram para os carros que vinham se viram algum carro na pista. Todos falaram que não. Os mlks chegaram quase no fim da tarde. Como imaginávamos, o carro -que já tava mais pra lá do que pra cá - fudeu. Sumiu um pistão. Não sabia que isso era possível! Eles foram ajudados por uns caras meio mafiosos, num chrysler, que mexiam com mecânica em Teresina do Goiás. Os mlk contaram histórias hilárias, até um momento que presenciaram um carro sendo explodido com dinamite pelos loucões. Enfim, o carro ficou lá e eles conseguiram carona pra Cavalca. Foi um dia inteiro de morgação pra galera se recuperar do reveillon. O rio ficava a uns 100m, muito irado, era a fonte de vida da galera. Para tomar banho, beber água, lavar panela, fazer comida, tudo. Vidinha boa viu? Aí ficamos nisso durante todo o período. Inúmero banhos por dia, era só abrir o sol. Foda era a chuva, descobrimos uma varandinha menor lá atrás e nos alojamos. Uma barraca rotativa (a minha, já que a do surtado para nada servia além de cobertor) e um chãozinho gelado. Mas foi de boa, com o tempo as costas da galera se acostumou com a dureza. Foram dias inexplicáveis com uma galera muito vibe em um tempo sempre muito nublado e chuvoso. Finalmente no último dia abriu um sol o dia todo. Uma galera foi pro lava pés, uma minicachuzinha. Eu e Caetano conseguimos emendar as nossas fitas e colocar ela atravessando o rio!  Tipo 20m! Nunca andei numa fita tão irada e tão difícil! Ainda mais pelas condições físicas bem precárias da  galera. Quase cheguei no mosquetão do meio, já o Caretano mando ela toda uma vez! Ápice da fita, da vida. Mais tarde com a galera toda aproveitamos para catar lenha e depois subir numas árvores gigantes. Eu, Surtado e Catalas fomos na city fazer o resgate da janta e comprar um vinho e uma fiffty one. Sentamos no meio-fio e trocamos várias idéias vendo o pôr do sol na pacata praça. Ouvindo Jonh Lennon (já não aguento mais esse cd do peixão!), foi irado. Volta e meia aparecia um doido ouvindo um sertanejaço nas alturas, mas de boa., se fosse diferente não seria o Goiás. Na volta passando pela ponte finalmente conseguimos ver as estrelas! Pausa para admiração, parada incrível. Na casa rolou uma fogueirona massa com toda a galera, dessa vez sem nenhuma morgação. Quando começamos a fazer a macarronada apareceram as nuvens e a chuva, tivemos que voltar pra varanda. Foi uma noite memorável. Dia seguinte da partida, faxina geral, deixamos nossas mensagens na parede. Demos um adeus ano louva-deus que ficou a semana toda com a galera, Unicórnio até presenciou ele destroçando uma besourão. O bichinho era sagaz demais, caindo mó toró, ele simplesmente se pendurava de cabeça pra baixo na folhagem. Fizemos a limpa, Catalas foi na city tentar agilizar o esquema do guincho pra levar o carro dele. Galera do bonde dele ficou nessa treta. O Unicórnio acabou voltando com a gente. Ugo e Caetano voltaram de carona com os pais do Ugo que tavam em São Jorge, enquanto Catalas e Diguim voltam no Guincho. A galera que sobrou aproveitou para ir pra uma cachu, a São Bento. Era 10 conto pra ir na Almécegas I e II que são as mais incríveis e menos crowds, mas a galera zurou e preferiu pagar 5 pra ir só na São Bento. Fiquei chateado, mas fazer o que? Queria muito escalar o watersolo da Al-I... muito irado. Mas de buenas, lá rolou de dar umas escaladas, dar uns jumps e ainda colocar a fita em cima da água, com a ajuda do Unicórnio e da Carlinha. Ficou irado mór, literalmente surfamos! E pra finalizar a trips, um sol incrível na estrada. Com certeza ainda vou voltar pra essa casinha. Agradeço de coração a todos presentes.

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